Você sabe qual é a Origem e descoberta da “Galvanização”?
Neste artigo, nós contaremos um pouco sobre esta descoberta magnífica, que revolucionou a indústria, o acabamento e a durabilidade de materiais metálicos.
Em meados de 1742, um químico Francês chamado J. P. Malouin, apresentou várias descobertas e experiências com zinco fundido revestindo peças de ferro na ROYAL SOCIETY. Todavia, somente após mais de um século, o processo foi patenteado por Stanislaus Modeste Sorel, em 1873. O processo atual é bem semelhante ao de Sorel.
Contudo, a palavra “Galvanização”, surge em homenagem ao primeiro estudioso da área. Um italiano chamado Luigi Galvani. Luigi fez a descoberta do efeito galvânico em metais, mas Sorel quem executa o revestimento superficial de zinco em aço.
Assim, o termo torna-se global para referir-se a tal processo. Hoje em dia é aplicado como revestimento superficial de peças e ou materiais com Zinco ou ligas de Zinco.
Na década de 1850, cerca de 10 mil toneladas de Zinco em ferro galvanizado eram consumidas no Reino Unido.
Hoje em dia, somente os EUA consomem anualmente 600 mil toneladas de Zinco em Galvanização.
Agora que você sabe um pouco sobre a origem e descoberta da Galvanização, vamos falar um pouco do Zinco.
Zinco (Zn)
Extração
O zinco é o vigésimo quarto elemento mais abundante na terra. As jazidas mais ricas têm uma relação de 10% de ferro e de 40% a 50% de zinco. Ele é extraído principalmente dos minerais esfalerita ou blenda (sulfetos), smithsonita (carbonato), hemimorfita (silicato) e franklinita (óxido).
As reservas viáveis estão principalmente nos EUA, Austrália, China e Cazaquistão. Encontra-se na casa dos 220 milhões de toneladas. As reservas mundiais, incluindo aquelas cuja extração atualmente não é viável, são estimadas em 20 milhões de toneladas.
Segundo dados da Agência de Prospecção Geológica dos Estados Unidos (US Geological Survey), a produção mundial em 2003 foi de aproximadamente 9 milhões de toneladas, liderada pela China com 20% e Austrália com 19%. Estima-se que um terço do zinco consumido é reciclado.
Sua produção se dá início na extração do mineral. Este processo pode ser realizado tanto a céu aberto como subterrâneo em jazidas (‘Jazida mineral’ é uma concentração local de uma ou mais substâncias úteis que tenham valor económico, seja na superfície ou no interior da Terra). Os minerais extraídos passam por um processo chamado de flotação para a obtenção do mineral concentrado.
Os minerais com alta concentração de ferro são tratados por via seca. O “concentrado” é “queimado” (processo chamado de calcinação) para converter de sulfeto para óxido. Este produto é chamado de calcina. Este óxido é reduzido com carbono. Daí então, obtém-se o metal (o agente redutor na prática é o monóxido de carbono formado).
O elemento
O zinco é um elemento químico. Seu símbolo é “Zn”, seu número atômico 30 (30 prótons e 30 elétrons) com massa atómica 65,4 unidades de massa atómica.
Nas CNTP (condições normais de temperatura e pressão), o zinco encontra-se no estado sólido. Está situado no grupo 12 (anteriormente denominado IIB) da Classificação Periódica dos Elementos.
O zinco dá origem à várias ligas, com aplicações diversas. Elas são chamadas ZAMAC (ZAMAK). Elas são compostas por:
- Zinco
- Alumínio
- Magnésio
- Cobre (Kupfer, em alemão, dá origem à variante “K”)
Agora que você conhece a origem das ligas, vamos entender um pouco sobre a aplicação delas na indústria e comércio?
Elas são utilizadas em aplicações funcionais e ou decorativas. A indústria automobilística utiliza de ligas de ZAMAC em vários componentes e peças. Fechaduras, radiadores, tampas de tanque dentre outras.
Outro setor que utiliza bastante as ligas de ZAMAC é a indústria de eletrodomésticos.
Liquidificadores, ventiladores, rádios, televisores. Cada qual com sua aplicação, funcional ou decorativa.
Elas também são utilizadas no setor bélico.
Outras aplicações, como peças para relógios, fixadores, espelhos, dentre outros.
Latão
O latão também é uma liga de zinco, muito comum na indústria e em várias outras aplicações, tais como, tecnologia, decoração, fundição… etc..
O Latão é basicamente composto por Zinco e Cobre.
Algumas peças de Latão, foram descobertas em Israel, e são datadas dentre 1400 e 1000 anos a.C. Na região da Transilvânia, na Romênia, também foram descobertas peças com praticamente 90% de Zinco.
Atualmente, 50% do consumo global de Zinco anual é aplicado na Galvanização de aço, ferro e ligas.
O Zinco é aplicado à superfície para evitar corrosão e degradação das peças ou materiais. Por isto é considerado um Metal de Sacrifício.
Ele funciona como um anodo, ou seja, ele oxidará, evitando corrosão e degradação do material revestido.
Outra aplicação do zinco na indústria é na produção de protetores solares. Utilizado como óxidos de zinco que tem a capacidade de bloquear a radiação solar.
Na vida, o zinco também é essencial pois atua no metabolismo de proteínas e de ácidos nucléicos. Atua no sistema imunológico e estimula a atividade de dezenas de enzimas em nosso organismo.
Age também na cicatrização de ferimentos e cortes. Atua na percepção do olfato e paladar. E por fim, auxilia na síntese de ADN (DNA).
Estas descobertas foram feitas pelo Alemão Sigismund Marggraf em 1746.
Conclusão
O zinco é um elemento superimportante, tanto para a indústria quanto para a vida. Cerca de 1/3 (33%) do zinco aplicado na indústria hoje, é reciclado. Isto é muito importante, uma vez que, a Galvanização e o zinco revolucionaram a indústria moderna. É de suma importância nos atentarmos a reciclagem, e destinação correta dos materiais não mais utilizados, para que possamos manter a indústria funcionando sem agredirmos mais do que já agredimos planeta. Consuma de maneira consciente sempre!
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