Você está visualizando atualmente Corrosão em tubulação de incêndio? Como evitar e como corrigir?

Corrosão em tubulação de incêndio? Como evitar e como corrigir?

Neste artigo, nós explicaremos um pouco sobre quais os sistemas de combate contra incêndio, como são projetados e instalados no Brasil, e como evitar e como corrigir corrosão em tubulação de incêndio.

Sabemos que, no Brasil, existem dois tipos de rede de combate a incêndio:

  • Redes de hidrantes.
  • Redes de sprinklers.

Nestes modelos, existem dois sistemas que se caracterizam como:

  • “Molhado” – Funcionam como verdadeiros depósitos de água confinada.
  • “Seco” –As tubulações, em seus testes são preenchidas com água e posteriormente são esvaziadas.

Ainda assim, a proliferação de micro-organismos é propensa em ambos os sistemas. Ou seja, isto a longo prazo, implica em formação de oxidação das tubulações em suas paredes internas. Independentemente do material (sendo metálico). Este tipo de oxidação microbiológica é conhecido como MIC.

Isto acarreta numa série de intempéries no sistema. Estes micro-organismos formam nódulos (também chamados por alguns de “tubérculos”) que na maioria das vezes, quando não dada as manutenções preventivas antes das corretivas, obstrui o fluxo de vazão da água. Então, em casos emergenciais, a eficácia do sistema fica comprometida.

corrosão em tubulação de incêndio
Tubérculos formados no interior de tubulação de incêndio (aço carbono)

Em casos mais extremos, esses nódulos podem se desprender das paredes internas e gerar boqueio total do sistema, causando danos ao mesmo, e prejudicando o funcionamento em emergências.

Com o passar do tempo, surgem “pittings” (micro furos) que causam pequenos vazamentos, comprometendo o sistema, gerando danos e até mesmo perda total do material utilizado para a implementação do sistema (conexões, sprinklers, tubos, válvulas, registros etc…)

Com este processo, as paredes podem perder espessura e comprometer todo o sistema, e em casos extremos pode causar acidentes no momento de uso da tubulação.

Alguns dos micro-organismos encontrados nas tubulações são:

  • Aero Bactérias Aeróbicas
  • Acid Producing Bactéria (APB)
  • Sulfate Reducing Bactéria (SRB)
  • Iron Related Bactéria (IRB)
  • Low Nutrient Bactéria (LNB)

Consequências da Corrosão:

  • Bloqueio do fornecimento de agua ou obstrução do fluxo;
  • Bloqueio de acesso do tratamento (falaremos sobre isso mais abaixo) as zonas comprometidas por MIC;
  • Rompimento da tubulação quando adicionada pressão de água, devido a degradação causada pela MIC;

Agora que você entende melhor como acontece o processo de Corrosão em tubulação de incêndio, vamos falar um pouco de Como evitar e como corrigir Corrosão em tubulação de incêndio?

Pois bem. Existem algumas maneiras para evitarmos este processo de MIC.

Detecção precoce

Detectar a MIC no ínicio do processo de sua formação, nas manutenções preventivas ajuda bastante na conservação e no funcionamento perfeito da tubulação ou sistema de incêndio.

MIC é conhecida há um tempo, todavia, a maior preocupação dos especialistas foi a descoberta de MIC em sistemas Sprinklers.

O estudo da NFSA (Associação Nacional de Sprinklers) de 1998, apontou quase 30 casos em todo os Estados Unidos. Todos eles apresentavam MIC em sistemas Sprinklers que já estavam comprometidos.

Então, a detecção precoce e a manutenção preventiva, podem salvar todo o sistema.

Mantenha-a em dia!

Teste e análise da Água

Ação fundamental para análise das condições da água, se são favoráveis ou não a proliferação destas bactérias e micro-organismos e o uso de inibidores também são uma medida para evitar tais danos. Alguns fatores analisados são: cloro residual, dureza, pH dentre outros. Além de uma das formas de Como evitar Corrosão em tubulação de incêndio, a análise da água faz parte da manutenção preventiva do sistema como um todo.

Da mesma maneira que existem maneiras de evitar a corrosão, também existem maneiras para a correção deste problema. Vamos entender os processos corretivos deste cenário.

Processos de limpeza

Para solucionar este percalço, hoje em dia, utiliza-se de duas opções, com graus de eficiência respectivos, e são eles:

  • Lavagem do sistema como um todo (flushing).
  • Limpeza do sistema por métodos mecânico/químico.

Define-se o processo mais adequado, levando em consideração a extensão do sistema, a presença de micro-organismos, de MIC já presente e de micro vazamentos “pittings” e até mesmo a integridade da tubulação como um todo.

Depois do processo de limpeza, trata-se toda a água para eliminar quaisquer micróbios. Evita-se, executando a manutenção preventiva periódica. Atente-se a isto!

Lavagem do sistema

Onde não há comprometimento da estrutura da parede da tubulação por MIC , ou seja, oxidação leve, limpar e reabastecer todo o sistema com um ‘biocida’ poderá ser eficaz. O tipo de micro-organismo encontrado, e a periodicidade das manutenções preventivas também são fatores determinantes.

Este método é temporário. Se a vazão e a velocidade não são suficientes, provavelmente os nódulos não serão removidos e os organismos encontrados debaixo dos depósitos sobreviverão e criarão cada vez mais ataques localizados e de intensidade mais severa, resultando em corrosão e vazamentos. Para livrar o sistema dos produtos da corrosão e da MIC a limpeza é a melhor opção.

Limpeza mecânica

Assim como nas tubulações do setor de mineração, existe a possibilidade da utilização de “PIG’S”. Todavia, torna-se ineficiente devido a curvas, cruzetas, reduções e ramificações da tubulação.

Os “PIG’S” são uma espécie de tarugo pontiagudo que se insere no fluxo do sistema, para que assim, mecanicamente remova qualquer nódulo de MIC ou outro tipo de obstrução do sistema.

Contudo, este não é o método mais eficaz, uma vez que, a remoção dos nódulos não é suficiente.Tem de atingir o problema em sua raiz. Ou seja, na origem do dano que são os micro-organismos. Em outras palavras, a remoção dos nódulos resolve o problema temporariamente.

corrosão em tubulação de incêndio
PIG Tubulações

Limpeza Química

Esta é realmente uma alternativa mais viável e segura para Sprinklers. Todavia, ela varia conforme a intensidade do processo de corrosão interna da tubulação e do sistema como um todo.

Esta promove uma retirada quase total das corrosões das paredes internas do sistema. Promove também a desobstrução da tubulação e dos sprinklers, cotovelos, cruzetas, ramificações, reduções etc…

Isso tem como consequência, a correção do pH, o que é ideal para evitar novas corrosões e acúmulos de nódulos de MIC. O uso dos inibidores corrobora também para esta prevenção.

Este processo é eficiente e rápido, uma vez que, devolve o funcionamento total do sistema quase que imediatamente.

Entretanto, Este método possui patente da NFSA.

Uma Unidade Móvel de Recirculação (MRU) no sistema é introduzida. Ela possui uma solução química que promove a desobstrução e recirculação dentro da tubulação e de seus componentes. A quantidade da solução é proporcional a intensidade da corrosão existente.

Conclusão

Depois de conhecer todos estes processos, tanto de prevenção quanto de correção, você entende agora a importância da manutenção, limpeza e conservação destes sistemas. Eles são ferramentas essenciais para a manutenção da segurança, tanto dos funcionários e prestadores envolvidos, mas também na integridade física de sua empresa, edifício, residência etc.

Logo, é de extrema necessidade a atenção devida, e de altíssima responsabilidade, por lidar com vidas humanas. Atente-se quanto a isso.

Se continuar com alguma dúvida, entre em contato conosco. Estamos prontos para esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas a este artigo, e a qualquer assunto relacionado à nossa área de atuação.

Gostou deste artigo? Acompanhe nosso Blog e fique por dentro! Temos artigos que abordam vários temas. Até a próxima!

Compartilhe este Artigo!

Deixe um comentário